Placas em artérias

As placas nas artérias, também conhecidas como placas de ateroma, são depósitos formados no interior das artérias que resultam de um processo chamado aterosclerose. Esse processo ocorre devido ao acúmulo de gordura, colesterol, cálcio e outras substâncias na parede das artérias. Com o tempo, essas placas podem endurecer ou calcificar, estreitando as artérias e dificultando a passagem do sangue.

Como as placas se formam?

O desenvolvimento das placas nas artérias geralmente ocorre da seguinte forma:

  1. Dano na parede arterial: Lesões na parede interna das artérias, causadas por fatores como pressão alta, tabagismo, níveis elevados de colesterol ou açúcar no sangue, são o ponto inicial.
  2. Acúmulo de lipídios: A gordura e o colesterol “ruim” (LDL) começam a se depositar na parede danificada.
  3. Inflamação: O sistema imunológico reage, enviando células inflamatórias para o local. Essas células ingerem o colesterol e formam células espumosas, criando um núcleo mole de gordura na placa.
  4. Crescimento da placa: Com o tempo, cálcio e outros materiais se depositam na placa, tornando-a rígida e ampliando seu tamanho.

Por que as placas são perigosas?

As placas podem reduzir ou até bloquear o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como:

  • Doença arterial coronariana: Quando as placas afetam as artérias do coração, há risco de angina e infarto.
  • Acidente vascular cerebral (AVC): Se uma placa se forma nas artérias que levam ao cérebro e se desprende, pode bloquear o fluxo sanguíneo e causar um AVC.
  • Doença arterial periférica: Ocorre quando as placas obstruem o fluxo nas artérias das pernas, causando dor e dificuldade de circulação.

A formação de placas é gradual e frequentemente silenciosa, não apresentando sintomas até que a obstrução seja significativa. Por isso, manter uma dieta saudável, controlar o colesterol e evitar o tabagismo são medidas preventivas essenciais para evitar a formação de placas e a progressão da aterosclerose.

No Brasil, há uma variedade de estatinas e inibidores de PCSK9 disponíveis para o tratamento de hipercolesterolemia e redução do risco cardiovascular. Aqui estão algumas das principais:

Estatinas:

  1. Atorvastatina – Disponível como genérico e sob nomes comerciais como Lipitor e Citalor.
  2. Rosuvastatina – Comercializada como Crestor, além de estar disponível como genérico.
  3. Sinvastatina – Uma das estatinas mais antigas e amplamente disponível como genérico e sob o nome comercial Zocor.
  4. Pravastatina – Comercializada como genericamente e também sob o nome Pravacol.
  5. Fluvastatina – Encontrada sob o nome Lescol.

Inibidores de PCSK9:

Os inibidores de PCSK9, que são mais recentes e específicos, geralmente são utilizados em casos de hipercolesterolemia resistente a outros tratamentos. Os disponíveis no Brasil incluem:

  1. Evolocumabe – Vendido sob o nome comercial Repatha, este é um dos principais inibidores de PCSK9 e geralmente prescrito para pacientes com risco cardiovascular elevado.
  2. Alirocumabe – Comercializado como Praluent, outra opção de inibidor de PCSK9 indicada para redução de LDL em pacientes com dificuldades de controle com estatinas e dieta.

Estes medicamentos são geralmente indicados para casos específicos, e a prescrição é feita conforme o perfil de risco cardiovascular e a resposta do paciente aos tratamentos anteriores.